Um passeio lindo de Morretes

Acordamos cedinho, fomos os primeiros no café da manhã do hotel e já partimos com um Uber para a estação. Chegando lá já havia uma galera alvoroçada tentando comprar tickets e tudo mais. Não havíamos achado onde comprar online então tentamos a sorte para comprar na hora, chegando com uma boa antecedência. Mesmo assim já não haviam mais tickets para o trecho Curitiba – Morretes, apenas para a volta. Fechamos um pacote então para ir de van e voltar de trem. A van saía mais tarde então tivemos tempo para comprar uns presentinhos na lojinha e explorar a estação rodoviária de Curitiba.

Eu já havia feito esse passeio de trem até Paranaguá, mas há 20 anos, e queria levar a Dani para conhecer e ter essa experiência. Uma coisa bacana de ter pegado a ida de van é que fomos pela Estrada da Graciosa, uma estrada com um trecho de paralelepípedo, cercado de hortênsias e recheado de curvas. Nesse quesito é quase uma mini Serra do Rio Rastro. O caminho é bem bonito e até paramos em um mirante para ver a Serra do Mar.

Chegando em Morretes só olhamos rapidinho a pracinha e fomos logo arranjar algo pra comer, antes que chegasse o pessoal que havia embarcado no trem em Curitiba. Não estávamos muito para almoço então optamos por um lanche. Meter aquele xisão pra dentro. A expectativa não era das melhores, mas fomos surpreendidos positivamente. Lanche bom e barato, legal!

Tínhamos um bom tempo para explorar Morretes, que leva esse nome por estar cercada de morros. Passeamos pelas pontes, praças e ruelas. Até paramos para observar um artista pintando com os dedos, esponja e palitinho. Gostamos tanto do talento do rapaz que ele fez uma pintura sob medida para levarmos e lembrarmos desta viagem. Quem nos visitar poderá curtir o trabalho dele!

Em seguida chegamos na estação para finalmente fazer o dito passeio de trem. As coisas ali estavam bem desorganizadas, mas bem desorganizadas. Muita gente perdida sem saber pra onde ir e sem saber pra quem pedir informações. Com aquele jeitinho brasileiro as coisas e pessoas foram se acomodando e com um pequeno atraso o trem partiu.

Andar de trem é muito bacana. Eu particularmente aprecio muito. E essa ferrovia é algo inigualável, tanto pelas paisagens deslumbrantes como pelas pontes e túneis que às vezes parecem desafiar as leis da física. Foi realmente muito gratificante fazer esse passeio novamente e aproveito para agradecer a minha mãe que me levou conhecer esse lugar incrível.

De volta a Curitiba, saímos da estação e fizemos uma caminhada até o Jardim Botânico. Outro lugar icônico da capital paranaense e de extrema beleza. A estufa principal foi desenhada a partir do Palácio de Cristal de Londres e tal arquitetura somente sobrevive no Kew Gardens, o maior jardim botânico do mundo que tivemos o prazer de conhecer em 2012. Então essa visita teve ares de boas lembranças dos ares londrinos.

Depois que escureceu voltamos para o hotel e logo em seguida fomos conhecer o tal Bar do Alemão. De fora parecia apenas mais um bar bacaninha, mas depois de entrar… uau! Nunca estive na Alemanha, mas definitivamente me senti em um daqueles pubs com milhares de fitas, canecos e linguiças. Pedimos um prato de entrada que vinha uns 4 ou 5 tipos de comida alemã. Que beleza! Sem falar nos submarinos que começaram a alegrar a noite. Falando nisso, fechamos o dia curtindo uma balada ali pelo Largo da Ordem mesmo.

Amanhã teremos mais tempo para desbravar um pouco mais da capital paranaense!