As viagens para Pelotas e Rio Grande sempre são épicas. Costumeiramente envolvem muitos perrengues e situações adversas para superar, mas nos fim das contas o que sobra são mais histórias pra contar e lembrar. Dessa vez não foi diferente…

No sábado, dia 19 de Agosto, participei em Bento Gonçalves como auxiliar em uma partida do Super 8 (primeira divisão do campeonato nacional de rugby). À noitinha voltei pra casa, tomei o merecido banho, tirei as peças que deveriam ser lavadas, coloquei as chuteiras para arejar na janela e já fui separando o que deveria levar pra próxima viagem que seria em poucas horas. De repente começa a cair o mundo do lado de fora e lá se vão minhas chuteiras já quase secas. Apenas um breve descanso e pela 1 da madrugada partimos para pegar o ônibus com destino a Pelotas. Uma viagem razoavelmente longa à noite numa van com chuva e frio não é lá a melhor coisa a se fazer num sábado a noite.

20 de agosto, 7:15 da manhã, mais ou menos 6º C, brisa geladinha, chegamos em Pelotas. Campo empoçado e café a mais de quilômetro longe. Que delícia! Ali já dava pra ver que o dia seria longo, mas mesmo com tantos pontos negativos a galera envolvida sempre deixa o balanço positivo e faz tudo valer a pena. Mal coloquei as chuteiras, dei alguns passos no campo e já estava com os pés molhados e gelados. É, o dia iria ser longo mesmo dessa forma, mas um solzinho maroto começou a dar o ar de sua graça e equilibrou o ânimo pra começar a segunda etapa do sevens feminino.

Os jogos foram um espetáculos de lama, splashes, swashes, cataplufts e sei lá mais o que. As gurias nem estavam aí pra sujeira, afinal de contas não tinha escapatória. O negócio era se divertir mesmo! Isso tornava as fotos mais dramáticas e super divertidas de tirar. Sabia que teria um bom material para compartilhar com o Rugby Feminino RS e com a ajuda da Dani fizemos um acervo bem bacana dos jogos e das atletas. Show de bola barro! Confere aí algumas delas…

Por fim, mais uma vez, o mais que merecido banho. O problema é que só haviam dois chuveiros quentes e praticamente uma centena de mulheres na fila. Resultado: assistir o sol se pôr esperando elas liberarem o vestiário e praticamente perder o terceiro tempo. Ossos do ofício, creio eu…

Bem, ainda teria um belo pedaço de chão para voltar pra casa. Sobrevivemos a viagem e às 1 e meia da manhã estávamos de volta sãos, secos, quentes e à salvo. Mais uma etapa no sul do estado comprida e cumprida!

Ah, deve rolar um apanhado geral dos bastidores do campeonato após a última etapa… 😉